Nos últimos anos, a segurança da informação tem enfrentado desafios crescentes devido à evolução das ameaças cibernéticas e à transformação digital acelerada. Em 2025, uma das tendências mais relevantes no campo da cibersegurança é a adoção do modelo Zero Trust (Confiança Zero). Este artigo explora o conceito, sua relevância e como ele está moldando o futuro da segurança da informação.
O modelo Zero Trust é uma abordagem de segurança que parte do princípio de “nunca confiar, sempre verificar”. Diferentemente dos modelos tradicionais, que presumem que usuários e dispositivos dentro de uma rede são confiáveis, o Zero Trust exige autenticação contínua e verificação rigorosa de todas as conexões, independentemente de sua origem. Ele se baseia em três pilares principais:
Com o crescimento de ataques como ransomware, phishing avançado e exploração de vulnerabilidades de dia zero, as organizações estão buscando abordagens mais robustas. O Zero Trust reduz a superfície de ataque ao exigir validação constante, dificultando a exploração de credenciais roubadas ou vulnerabilidades internas.
A adoção massiva do trabalho híbrido ampliou os perímetros de rede. Dispositivos pessoais, redes domésticas e acessos via nuvem aumentaram os pontos de entrada para atacantes. O Zero Trust garante que cada dispositivo e usuário seja tratado como potencialmente inseguro, independentemente de onde esteja conectado.
Com a migração para ambientes em nuvem, as arquiteturas tradicionais de segurança baseadas em perímetro se tornaram obsoletas. O Zero Trust é projetado para proteger ambientes distribuídos, integrando-se facilmente a plataformas como AWS, Azure e Google Cloud.
Regulamentações como GDPR, LGPD e CCPA exigem maior controle sobre dados sensíveis. O Zero Trust ajuda as organizações a cumprir essas normas ao implementar controles de acesso rigorosos e auditorias contínuas.
Embora o Zero Trust seja promissor, sua adoção enfrenta obstáculos:
Em 2025, espera-se que o Zero Trust se torne o padrão de fato para organizações que buscam proteger seus ativos digitais. Com o avanço de tecnologias como IA generativa para detecção de ameaças e a integração com 5G, o modelo está se tornando mais acessível e eficiente. Além disso, frameworks como o NIST 800-207 estão fornecendo diretrizes claras para sua implementação.
O modelo Zero Trust representa uma mudança fundamental na forma como as organizações abordam a segurança da informação. Em um cenário de ameaças em constante evolução, adotar uma mentalidade de “nunca confiar, sempre verificar” é essencial para proteger dados, sistemas e reputações. À medida que mais empresas investem nesse modelo, o Zero Trust não é apenas uma tendência, mas o futuro da cibersegurança.